sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Problemática

PROBLEMÁTICA

Na última escola que trabalhei, em Guaramiranga-CE, há alguns professores que se intrigaram com alguns estudantes, a maioria conta os dias para os feriados e reclama muito. Não há um real comprometimento como o que eles querem demonstrar, ainda por cima a gestão se preocupa muito com a nota dos estudantes e não com o aprendizado, fazem o nível por baixo na mesma escola ainda tá cheio de goteiras e mesmo para ter merenda nós íamos ter que fazer um rateio porque os professores não têm direito de comer da merenda escolar.

A verdade é que muita gente vai para sala de aula ou assume um outro cargo mesmo acima muito mais por indicação do que por vontade de realmente ser professor. Eu vejo muitos ex-piores de sala como sendo professores. A primeira coisa aí é que eles não estão fazendo algo que gostam, mas visando simplesmente o dinheiro, mesmo professor não ganhando muito, mas na sociedade de hoje há uma concorrência muito grande para outros empregos e muita gente vai para a sala de aula pensando ser o mais fácil, o que acaba não sendo, por ser muito mais complexo do que simplesmente seguir o que está escrito.

A escola pública hoje tem uma obrigação de passar os estudantes de ano, isso que também é ruim e deveria ser visado o aprendizado não apenas o quanto de gente se passa ou reprova, mas o país em si quer demonstrar para fora que tem um nível de letrados maior do que realmente tem, por haver analfabetismo funcional. Por falta de uma boa base a maioria não consegue passar do ensino médio e mesmo os que fazem faculdade mais tarde têm grande dificuldade mesmo de fazer trabalhos por não saber ler e compreender o que leu.

Vivemos em um tempo de uma escola pública de faz de conta e o principal problema é essa coisa de passar de ano o estudante sem saber de nada. A insubordinação cresce se o estudante nota que terá várias chances de recuperação quando só decora para o dia da prova e esquece depois. O próprio modelo em si de escola pública deveria ser revisado e ter um maior repasse da União também para que não existam mais escolas com tamanha precariedade.

A má avaliação do profissional da educação, seja no Brasil ou no resto do mundo, resulta em uma desmotivação desse profissional. Não adianta só cobrar, cobrar, cobrar se o gestor não sabe de fato fazer uma avaliação satisfatória e motivacional.

O problema é: um profissional desmotivado não consegue dar o melhor de si para o sistema de ensino e com isso o sistema vai decaindo e muitos gestores fazem exatamente isso, desmotivar o profissional, que, por sua vez, desmotiva os educandos ou não os faz evoluir como sugere Vigotski que o educador faça.

A partir deste questionamento surgiram algumas perguntas como:

· Será que o gestor realmente sabe avaliar?

· Como o professor brasileiro é avaliado?

· A avaliação por parte dos educandos se dá de modo verdadeiro?

· O professor gosta de ser avaliado?

· Existem novos modos de avaliação no Brasil que já deram resultado?

· Avaliar o professor é uma tarefa fácil ou difícil?

· A avaliação dos professores deve ser permanente ou feita uma vez só? Deve ser anual, mensal, semanal, bimestral? Qual o melhor período?

· Como gestor, eu devo empregar para os professores a auto-avaliação como forma de avalia-los? 

· Alguma forma de avaliar está completa?

· Os sistemas de avalição internacionais são adequados para o Brasil?

· Existe um modo de avaliação que possa ser implantado de norte ao sul do Brasil?

· Avaliar bem o professor fará de fato com que a educação evolua no Brasil?

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